“Nenhum jogador do São Paulo é inegociável”, afirma Julio Casares

Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC

Nos últimos anos, o São Paulo tem vendido alguns jogadores formados na base do clube sem que ao menos eles tivessem atingido a marca de 100 jogos pelo time profissional como foram os casos do David Neres, Éder Militão, Antony, Brenner e outros.

Por isso, o presidente do Tricolor, Julio Casares, em entrevista à Jovem Pan foi questionado se existe algum projeto ou alguma forma de atrasar a saída desses jogadores revelados pelo clube.

“Em um cenário ideal quanto mais você atrasar e capacitar o jogador para deixar um legado esportivo melhor, mas também nós temos que analisar que nenhum jogador do São Paulo é inegociável. O atleta, um artista de televisão seja o talento que for, quando ele quer sair por uma ambição legítima de outros campo é muito difícil conseguir sem uma extra motivação fazer com que ele continue nessa relação de trabalho com muita efetividade”, explicou o dirigente.

Para Casares, a venda do Brenner, que foi um dos destaques do São Paulo na temporada passada aconteceu no momento certo. O jogador foi vendido para o FC Cincinnati, dos Estados Unidos, pelo valor de 13 milhões de dólares (R$ 70 milhões).

“Então, o São Paulo vendeu o Brenner, e foi o maior investimento do mercado americano aqui no Brasil. O Brenner era um jogador que estava quase sendo dispensado, então teve uma grande valorização, acredito que vendemos no momento certo, então, o São Paulo tem que ter planejamento até pra necessidade”.

No entanto, o presidente são-paulino tem a expectativa de que daqui a algum tempo o São Paulo fique menos dependente da verba resultante da venda de atletas.

“Nós imaginamos que a médio e longo prazo o São Paulo possa ficar menos refém da necessidade da venda de jogadores. Por isso, tem que ter um sócio-torcedor forte, uma área de marketing forte, uma participação na televisão muito forte, mas o cenário ainda é preocupante, não só pela dívida que nós herdamos que já seria algo muito difícil, mas estamos dentro do início de uma gestão e num processo de pandemia que não nos trouxe só o prejuízo psicológico, um prejuízo de falta de jogo como estamos experimentando, e também um prejuízo econômico. As janelas que tinham ofertas maravilhosas, hoje não tem mais, por isso temos que ser criativos”.

E concluiu: “Só se segura jogador quando se tem uma saúde financeira, e o São Paulo está começando um processo de requacionar as suas dívidas pra que a média a longo prazo a gente possa ter essa saúde financeira”.

Confira a entrevista completa abaixo:

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