O São Paulo vive uma situação, no mínimo, curiosa em 2019. O time começou a temporada com, pelo menos, cinco centroavantes. Diego Souza, Tréllez, Pablo, Carneiro e Brenner estavam à disposição de André Jardine na pré-temporada, em Janeiro.
No entanto, Tréllez já saiu logo de início, rumo ao Internacional, enquanto Pablo e Diego Souza eram tidos como os principais centroavantes do elenco, enquanto Carneiro e Brenner corriam por fora. Bem, Gonzalo Carneiro nunca se firmou e Brenner nem no profissional deveria estar ainda.
Só que a fase do Tricolor não ajudou e, consequentemente, a diretoria começou a se desfazer de jogadores caros e que estavam em baixa. No caso, Diego Souza, que foi para o Botafogo. Pra ajudar, Pablo se machucou, Carneiro teve problemas sérios extra-campo e Brenner, bom, Brenner está treinando com os profissionais.
Agora, a diretoria corre atrás de um jogador artilheiro de ofício. A torcida clama por Jonathan Calleri e a diretoria tem o interesse em atender o pedido, e chegou a oferecer o jogador ao técnico Cuca. Só que o problema não é a aceitação ou não do treinador, mas sim o grupo de empresários que controlam a carreira do nosso ex-camisa 12.
A situação de Calleri já é até famosa: o grupo de empresários que comprou seu passe quer, na pior das hipóteses, recuperar o dinheiro que investiram (cerca de R$40 milhões). Para isso, eles entendem que o melhor caminho é que Calleri permaneça na Europa e chame a atenção de algum time que compre o centroavante. Hoje, Calleri está emprestado ao Alavés-ESP, e pertence ao Deportivo Maldonado-URU, que é um time de empresários. Ou seja, ele está pingando em times por empréstimo, desde 2016, quando passou por Boca Juniors, São Paulo e West Ham-ING. Em 2017 e 2018, atuou pelo time inglês e, depois, no Las Palmas-ESP, finalmente chegando ao Alavés-ESP.
Para que Calleri jogue no São Paulo, da forma mais fácil, o cenário teria que ser o seguinte: com o final da temporada européia agora em maio para junho, Calleri não poderia receber nenhuma proposta de times europeus (ou mais ricos), ou sequer do próprio Alavés-ESP querendo comprá-lo. Resumindo, se for pra ele ser emprestado de novo, teria que ser em uma negociação vantajosa para seus empresários. O São Paulo teria uma chance somente no caso de ter apenas o Alavés, ou clubes inferiores interessados no jogador. Vale lembrar que a janela européia abre dia 20 de Junho. O São Paulo está sim de olho em Calleri, que tem 217 partidas como profissional, anotando 66 gols na carreira (até 16/05/2019), tendo uma média de 0,30 gols por jogo (sem considerar Seleção da Argentina)
O outro centroavante que a diretoria acompanha de perto mas, desta vez, sob o pedido de Cuca (fazendo o caminho inverso do caso de Calleri), é o atacante Jô. Curiosamente, foi sob o comando de Cuca, que o atacante viveu seu melhor momento na carreira, no Atlético-MG, em 2013. Depois disso, passeou pela Arábia e China sem grande destaque, até voltar para o Corinthians em 2017 e voltar a chamar as atenções. Atualmente, Jô veste a camisa 7 do Nagoya Grampus-JAP.
O que pesa na vinda de Jô é o fato de o mesmo ter forte identificação com um rival, mas também a aceitação (ou não) da torcida. O centroavante tem 580 jogos na carreira (até 16/05/2019) e 204 gols na carreira, fazendo uma média de 0,35 gols por jogo (sem considerar Seleção Brasileira).
Outro mercado que o São Paulo está de olho, é o da Série B do Brasileirão.