Três meses depois de assumir, diretor de futebol do São Paulo deixa o cargo

Publicado em 07/06/2016, 10:46 /Atualizado em 07/06/2016, 11:09
André Plihal, para o ESPN.com.br

Luiz Cunha não é mais o diretor de futebol do São Paulo. Ex-comandante das categorias de base do clube, ele assumiu o cargo no profissional em março passado.

O dirigente diz que sua saída não foi motivada por questões políticas. Ele diz que o que mais pesou para sua decisão foi a estrutura de trabalho no centro de treinamento do Sâo Paulo. Cunha tinha pressa pra resolver algumas coisas e a estrutura do clube não permitia, e isso o angustiava.

O breve período em que comandou o futebol do clube, o São Paulo teve momentos de paz raros nos últimos tempos, acompanhados de bons resultados: o clube está nas semifinais da Copa Libertadores e faz boa campanha no Brasileiro.

Cunha ainda era quem conduzia a renovação de contrato de Ganso, já que é próximos dos agentes do meia. O meia está nos EUA defendendo a seleção na Copa América Centenário e o caso ainda não teve uma definição.

MAIS PRESENTE NO CT

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, convidou Luiz Cunha para assumir a diretoria do futebol na semana em que o o time empatou com o Trujillanos por 1 a 1, na Venezuela, e ficou com a vaga nas oitavas de final ameaçada.

A vinda dele coincidiu com as saídas de Ataíde Gil Guerreiro, então vice-presidente de futebol e alvo de pesadas críticas de um grupo de conselheiros e de torcedores, e Rubens Moreno, o antecessor de Cunha no cargo de diretor de futebol.

O primeiro ato de Cunha foi comunicar ao coordenador técnico Milton Cruz a demissão. Logo depois contratou o ex-jogador Pintado para integrar a comissão técnica.

O trabalho dele foi bem aliado com a presidência do São Paulo e trouxe paz ao centro de treinamento do clube, algo que não havia desde a gestão anterior de Carlos Miguel Aidar. Quem conviveu com ele admite que ele era muito presente no CT tricolor.

Cunha chegou a admitir à ESPN que havia “são-paulinos nadando contra o São Paulo” e que havia muitos problemas para serem resolvidos, entre eles a falta de confiança dos jogadores do atual elenco – que chegaram a fazer greve de silêncio – com a diretoria.

“Lembro que saímos de uma grande crise política e sucedeu outra, financeira. Tudo aquilo, que não foi pouco, repercutiu no CT. A paz, a natural maturação do extraordinário trabalho do Patón Bauza, a postura tranquilizadora e firme do presidente Leco e a forma amigável e muito presencial que iniciei, deram uma desestressada no ambiente”, disse em outro momento para a ESPN, ao listar o que fez o São Paulo ‘renascer’ na temporada.

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