Casares: “Caso não rescindisse, São Paulo poderia pagar ‘três ou quatro vezes mais’ por Daniel Alves”

Foto: Érico Leonan / São Paulo FC

Após a vitória sobre o Atlético-GO, no Morumbi, o presidente Julio Casares, que se recuperou da Covid-19 e pôde retornar ao estádio pela primeira vez, falou sobre a polêmica saída de Daniel Alves no São Paulo. Sem rodeios, o mandatário afirmou que o contrato firmado entre o clube, tecido sob a gestão passada, era fora da realidade e a rescisão foi um ato de responsabilidade.

Antes de adentrar no mérito, o dirigente elogiou Dani Alves:

“É um grande jogador. Jogador internacional. O São Paulo mantém com ele bons entendimentos”, disse.

Logo depois falou sobre os detalhes da rescisão:

“O Daniel Alves chegou com um salário totalmente incompatível com a realidade do São Paulo e do futebol brasileiro. À época, a diretoria anterior dizia possuir dois projetos de marketing, um interno e um externo, que poderiam subsidiar 60 ou 70% do salário. Isso não aconteceu. Ficou impraticável essa sequência orçamentária”.

Julio Casares ainda falou sobre as especificidades do pagamento e também sobre outros atletas que deixaram o clube recentemente pela mesma razão – casos de Juanfran e do ídolo Hernanes.

“O São Paulo não só rescindiu com o Daniel. O contrato tinha várias modalidades de remuneração. A parte da CLT nós mantínhamos em dia. E o clube fez um movimento não só com o Daniel; o Hernanes, que tinha um salário alto e fora da nossa realidade, e o Juanfran, jogador com rodagem internacional, nós também amigavelmente rescindimos”.

Sobre as questões do distrato, Casares deixou claro os motivos do ocorrido:

“O torcedor pode pensar “Poxa, se o Daniel precisa de uma autorização do clube para jogar em outro lugar até o dia 24, por que fazer um acordo?”. Porque ele poderia ir à Justiça do Trabalho, conseguir uma liminar e fazer com que o clube pagasse três ou quatro vezes mais, com juros, correção monetária e honorários”.

Sobre essa movimentação do Tricolor, o dirigente foi bastante elucidativo ao atribuir a um ato de responsabilidade financeira.

“O São Paulo está fazendo um movimento para tirar de 2021 um ano de muita agonia financeira, para que a gente entre em 2022 de forma saudável. (…) Eu não posso colocar para o futuro de um outro presidente o tamanho dessa dívida. Nós estamos arcando pensando na instituição. Foi um ato de responsabilidade”, arrematou.

Receba notícias do SPFC no WhatsApp e Telegram.
Siga-nos no Instagram, no YouTube e no Twitter.

Compartilhe esta notícia