A derrota de ontem para o Fluminense depois de 15 dias de preparação sem jogos, devido às Eliminatórias da Copa, jogou um balde de água fria nos são-paulinos.
O time estava cansado, com vários jogadores contundidos e teríamos uma “intertemporada” no meio do Brasileirão e Copa do Brasil para recuperação do elenco e treinamentos.
Infelizmente, o que se viu foi uma partida horrível do São Paulo, apática e sem criação de jogadas, com erros individuais e, para o kit tristeza ficar completo, até erro de arbitragem.
Recuperação de jogadores contundidos?
Esquece. Foi até uma das reclamações de Crespo durante a coletiva pós-jogo, já que nesse período não foi possível recuperar ninguém.
Continuamos sem poder contar com Arboleda, Marquinhos, Orejuela e Welington, justamente em posições que o time precisa de reforços. Sem contar Benitez, que ainda não mostra condições para atuar 90 minutos.
Evolução tática e treinamentos
Aqui existe a parcela de culpa de Crespo. Mesmo com os desfalques por contusões, o time não apresentou nenhuma melhora ou variações táticas.
Pode ser que isso não ocorra pelo fato do treinador não ter os jogadores que precisa? Sim, e acredito muito nisso, porém, alguma evolução no posicionamento e organização do time era necessária.
Contra o Fluminense, tomamos mais um gol de bola aérea na zaga e outro por falhas individuais (Miranda e, para muitos, Volpi). Mesmo depois deste período de treinamentos e isso é inaceitável.
Escalação errada?
Em minha visão, sim. Entendo que Rigoni e Benitez não podem ficar fora do time, mas é fato que temos um jogo importante na quarta contra o Fortaleza pela Copa do Brasil e estes dois jogadores tem histórico recente de contusões.
O dilema é: No Brasileirão, estamos muito próximos da zona da degola e não é mais possível se dar ao luxo de poupar jogadores. Acho que chegamos em um ponto, no qual é necessário sacrificar os jogadores para subir na tabela do Brasileiro.
Uma possível classificação na Copa do Brasil pode ir para o espaço com essa decisão, mas a estratégia de poupar jogadores, infelizmente tem prejudicado o time na tabela do Brasileirão.
O time é incapaz de criar jogadas para os atacantes com Igor Gomes e Gabriel Sara no meio de campo.
Jogadores deixando a desejar
Há vários jogadores que estão atuando muito abaixo do nível que podem entregar.
Já comentei sobre Sara e Igor Gomes, que não criam ou agregam absolutamente nada nos jogos, mas vale lembrar de Reinaldo, que não tem acertado passes, cruzamentos e mesmo no esquema 3-5-2, como ala, vai pouco à linha de fundo.
Miranda teve uma atuação muito ruim no jogo contra o Fluminense. Ao seu lado, Bruno Alves e Leo também caíram muito de produção e deixam a defesa insegura.
Não há como esquecer Vitor Bueno que perdeu o gol que empataria o jogo, no final do segundo tempo.
O que fazer?
Trocar o treinador, em minha visão, não é o caminho. Repetir as ideias e decisões da gestão Leco, definitivamente não é o correto a se fazer. Porém, Crespo precisa rever alguns conceitos e a utilização de alguns jogadores.
Não é possível escalar um time que nitidamente não funciona e depois ter que efetuar alterações para correr atrás do resultado. Esse filme se repete há vários jogos.
Acho que uma forma de “expor o problema” da falta de peças no elenco, seria talvez utilizar jogadores da base nas funções de atletas que sabemos que vão entrar e não vão resolver ou produzir absolutamente nada.
Precisamos urgentemente dos jogadores com condições para atuar 90 minutos, para não dependermos mais de Pablo, Vitor Bueno, Igor Gomes, Gabriel Sara e outros que não agregam.
Caso jogadores como Rigoni e Benitez não tenham condições de jogar quarta e domingo, mesmo depois de uma parada como essa, talvez seja o caso do clube pensar em outros atletas e negociá-los.
Veja bem: Rigoni é disparadamente, o melhor jogador do elenco e Benitez tem as características que precisamos no meio de campo para armar o jogo. Mas se esses atletas precisam ser tão poupados assim, será que serão úteis para uma temporada?
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