Enfim a extensa temporada 2022 do São Paulo FC chegou ao fim. Com um total de 77 jogos, dois a menos do máximo possível que um time brasileiro poderia jogar na temporada, o time do técnico Rogério Ceni se despediu com goleada contra o Goiás neste domingo, sem nenhum título. E como o resultado da temporada pôde ter superado as minhas expectativas?
Durante o mês de janeiro, eu publiquei aqui no Arquibancada Tricolor a coluna opinativa “A expectativa do São Paulo para 2022 é: sem expectativas” que basicamente repetia este título nos demais parágrafos e onde eu deixava claro que para mim, a temporada seria para não cair, fosse no Paulistão, ou Brasileirão.
Desde o final de 2021 já conhecíamos as metas para o time na temporada, todas aprovadas pelo conselho deliberativo e que eu espero que tenham sido aprovadas por Rogério Ceni, Muricy Ramalho e toda a comissão técnica.
Não havia uma única meta por título e aquilo já mostrava o que seria o ano. As metas estabelecidas eram até mesmo ousadas, levando em conta o péssimo futebol e a péssima administração de Júlio Casares, Carlos Belmonte e cia., após o título Paulista conquistado em junho de 2021.
O que faltou para a atual diretoria do São Paulo, foi ter jogado limpo com a torcida desde o início, talvez em uma coletiva onde Casares, Belmonte, Muricy e Ceni deixariam bem claro as metas do clube para a temporada, e posicionassem o torcedor são-paulino sobre a astronômica dívida financeira, tentando assim trazer o torcedor para o seu lado e pedindo a sua ajuda, lotando o estádio, virando Sócio Torcedor e consumindo os produtos do time.
Isso foi feito? Lógico que não. Se isso fosse feito, o São Paulo poderia até dizer que possui uma gestão profissional, mas para quem está no poder lá no Morumbi, gestão profissional significa pagar salários para conselheiros que nada entendem de futebol, ou até mesmo de gestão esportiva, ocuparem esses cargos relacionados.
Ter chegado em duas finais (Paulistão e Copa Sul-Americana), além de se arrastar até as semifinais da Copa do Brasil, onde caiu apenas para o melhor time brasileiro da temporada, foram sim bons resultados na minha opinião, principalmente quando você visualiza o plantel do Tricolor e sua dívida financeira sem fim.
Logicamente que eu não gostei de perder a final do Paulista após abrir 3 a 1 no primeiro jogo, e muito menos deixar de conquistar o décimo terceiro título internacional, depois de ser alçado a posição de “favoritaço” na final contra o Independiente del Valle.
Falta ao São Paulo dar um passo atrás para poder dar dois passos à frente, coisa que Palmeiras e Flamengo fizeram e que estão colhendo os frutos agora e que seguirão colhendo por pelo menos até o final desta década.
Mas para o São Paulo atual, o que importa é a manutenção no poder do mesmo grupo que manda e desmanda desde 2002. Jamais teremos uma SAF ou um modelo de administração parecido com o do Flamengo, pelo simples fato dos que estão lá, não perderem suas boquinhas, seus carguinhos, suas vagas de estacionamento e seus ingressos gratuitos, seja para os jogos do Tricolor, ou para os cada vez mais raros shows.
O São Paulo de Júlio Casares não merecia disputar a Libertadores 2023. E não vai. Sobre a temporada 2023, eu deixo para uma próxima coluna, novamente no mês de janeiro, agora é muito cedo para alimentar qualquer expectativa, inclusive neste momento não tenho qualquer uma…
Como não poderia deixar de implorar: salve o Tricolor Paulista…
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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