Querem expulsar Marco Aurélio Cunha, mas por que aliviaram com outros? | OPINIÃO

Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC

Essa semana foi divulgada novamente na mídia, uma denúncia de um sócio do clube, que faria o Conselho Deliberativo do São Paulo expulsar Marco Aurélio Cunha, o MAC, pelo fato de ter aceito trabalhar no Avaí.

MAC havia solicitado afastamento do cargo de conselheiro para assumir o cargo no clube catarinense, mas a denúncia do associado alega que o pedido foi feito após o prazo determinado no estatuto do São Paulo Futebol Clube.

O estatuto estipula que um membro eleito de qualquer poder do clube não pode assumir cargo em nenhuma outra instituição que dispute competição de futebol profissional com o São Paulo.

Em entrevista a Jorge Nicola, MAC fez uma declaração sobre o caso: Eu me licenciei e não é justo que brechas estatutárias possam apagar uma história toda vivida em prol do São Paulo. Escolhi vir pra cá porque tenho amigos, um clube gostoso de trabalhar, onde já estive, e que em nenhum momento traz conflito de interesses com o São Paulo.

Por que dois pesos e duas medidas?

É claro que o estatuto do clube precisa ser cumprido, mas não precisamos ir muito longe no tempo para relembrar casos mais graves, que não tiveram o mesmo empenho para investigações e expulsões.

Aliás, a irresponsabilidade administrativa em anos de gestões com decisões e condutas duvidosas, fez com que o São Paulo acumulasse uma terrível e perigosa dívida de aproximadamente R$ 654 milhões.

Houve até recentemente, uma expulsão de um ex-diretor, que fez acusações sobre o caso “Jack”, outra situação que expôs as entranhas do clube durante a gestão Aidar.

Uma história jogada no lixo por política?

Voltando ao caso MAC: Independente de você, leitor, ser a favor ou contra as ideias de Marco Aurélio Cunha, é justo ter essa agilidade toda do Conselho Deliberativo para expulsar alguém que fez muito pelo clube e, até onde se sabe, não tem histórico ou comprovação de qualquer tipo de corrupção?

Eu não sou advogado e muito menos pago para defender MAC, até porque há ideias que não concordo, mas o cenário todo me parece mais uma perseguição política.

Lembrando que no passado, MAC já trabalhou no Santos, Bragantino e outros clubes e isso nunca foi um fator que desabonasse sua história no São Paulo.

Por que agora isso? Seria o fato de não estar no mesmo lado político que boa parte dos membros atuais do conselho?

Algo a se pensar.

*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site

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