#TBTricolor – Bicampeão da América e do Mundo pelo São Paulo, Palhinha relembra gols marcantes

A coluna #TBTricolor escrita pelo Jean Cláudio será publicada sempre às quintas-feiras com o foco na história do Tricolor!

Ícone da geração de ouro dos anos 90 também revelou o que é necessário para vencer uma Libertadores

Os anos 1992 e 1993 estão grafados com letras douradas na história do São Paulo Futebol Clube. Nesses dois anos o Tricolor consolidou-se como uma potência Mundial ao vencer consecutivamente a Libertadores da América e o Mundial de Clubes.

Diversos nomes se destacaram nas campanhas vitoriosas em ambos os anos, entre eles o de Jorge Ferreira da Silva, mais conhecido como Palhinha, que, contratado por empréstimo no ano de 1992, não demorou para mostrar serviço e ser contratado em definitivo pelo clube do Morumbi. Palhinha era um atacante de técnica incrível e com uma inteligência fora do comum.

Para ele, vencer a Libertadores, principal competição para os times brasileiros, exige do atleta não ser apenas um bom jogador. É necessário “ser mais do que profissional. Tem que ter qualidade com coragem para se jogar uma competição como a Libertadores”, afirma. Além de campeão duas vezes só pelo São Paulo, ele foi o artilheiro no ano de 1992 com 7 gols em 13 jogos. Até hoje ele é o único jogador que terminou a Libertadores campeão e como maior goleador do torneio.

spxuniversidad11.122202 | Arquibancada Tricolor
Edu Garcia/Estadão Conteúdo

Quando chegou ao São Paulo no ano de 1992, o atacante encontrou um time repleto de estrelas e comandado pelo ídolo Telê Santana. Sobre a concorrência encontrada e o ambiente, ele lembra que “ser treinado pelo Telê era tudo de bom. Todos os jogadores buscavam o seu espaço e se cuidavam”. Para ele, essa concorrência saudável e o cuidado que cada jogador tinha fora de campo foram os grandes responsáveis para que o nível daquele time melhorasse cada vez mais.

E o nível era realmente muito alto. Em três anos o São Paulo conquistou nove títulos: duas Libertadores, dois Mundiais, duas Recopas Sul-americanas, uma Super Copa Sul-americana, uma Copa Conmebol e um Campeonato Paulista.

Palhinha ficou no São Paulo até o ano de 1996, quando foi negociado com o Cruzeiro. Em Minas Gerais, também tornou-se ídolo e ainda ganhou mais uma Libertadores no ano de 1997. Encerrou sua carreira como jogador em 2006, as 39 anos de idade.

Gols marcantes

Para finalizar, selecionamos junto com o ex-atacante três gols marcantes anotados por ele com a camisa do São Paulo. Desfrutem:

São Paulo 3×0 Santos (1992) – Golaço por cobertura

O jogo era pela segunda fase do Campeonato Paulista e o mando de campo era do Santos no Pacaembu. O time não tomou conhecimento do adversário e Palhinha guardou essa raridade. “Esse é o gol que mais gosto!”, revela o ex-atacante.

Destaque também para a narração icônica na voz de Osmar Santos.

O São Paulo ainda sagraria-se campeão daquela edição do Paulista ao vencer o Palmeiras poucos dias depois de derrotar o Barcelona em Tóquio.

Flamengo 1 x 1 São Paulo (1993) – Calando o Maracanã com mais uma cobertura

Nas quartas de final da Libertadores de 1993, o adversário do São Paulo era o Flamengo. O primeiro foi no Maracanã e Palhinha abriu o placar com mais uma pintura.

No jogo de volta, 2×0 Tricolor e o bicampeonato ficava cada vez mais perto!

São Paulo 3 x 2 Milan (1993) – Bicampeão Mundial

Na grande Final do Mundial, o São Paulo venceu o Milan por 3×2 e sagrou-se bicampeão do Mundo. E neste jogo quem abriu o placar e começou a construir a vitória sobre o italianos também foi o nosso camisa 9.


Jean Cláudio. São-paulino jornalista. E não o contrário, pois antes de escolher a profissão, escolhi torcer pelo São Paulo. Apaixonado por história e por leitura, amo conhecer mais sobre as memórias do futebol e principalmente, do Tricolor Paulista.

*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site

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