Por: Pedro Galante – MW Futebol
Confira essa análise tática feita pelo Pedro Galante, do site MW Futebol, sobre a derrota do São Paulo para a Chapecoense.
O São Paulo foi até Chapecó, enfrentar a Chapecoense pela última rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor Paulista precisava pontuar mais que o Grêmio para garantir uma vaga direta para a Libertadores. Já a Chape, lutava pela sua permanência na elite do futebol nacional.
Jardine tinha alguns desfalques: Bruno Peres, Reinaldo e Jucilei. Araruna e Edimar entraram nas laterais e Liziero foi mantido no meio campo.
Durante os vinte minutos inicias o São Paulo adotou uma estratégia mais defensiva. Talvez por pensar que a Chapecoense, desesperada pela permanência, iria para cima. A Chape dominou o jogo nesse período, mas não se lançou ao ataque como era esperado. É preciso destacar também que a defesa são-paulina foi muito bem em negar os espaços ao adversário.
Depois de perceber que a Chape não atacaria na intensidade que se esperava, o São Paulo chamou a responsabilidade e passou a dominar o meio-campo, tendo mais a posse de bola.
O time dominou a bola, o espaço, circulava a bola bem, mas não conseguia criar chances. A defesa da Chape era boa, não se preocupava em pressionar quem tinha a bola, mas defendia muito próxima de sua área o que minimiza as tentativas de finalização.
Faltou criar imprevisibilidade no último terço para abrir a defesa. Contra o Sport, que também se defendeu bem próximo a sua área, o mecanismo usado foi a indução para a inversão de jogo rápida. Contra a Chape não houve nada parecido.
No segundo tempo o cenário era parecido. O São Paulo até tinha a posse, mas pouco fazia. A Chapecoense se defendia e arriscava pouco quando tinha a bola. É importante destacar que a essa altura, o Grêmio vencia o Corinthians e esse resultado tirava qualquer chance de o São Paulo conseguir a vaga no G4.
Aos 22, a Chapecoense marcou com Leandro Pereira, após cruzamento. Depois do gol os mandantes se fecharam mais ainda, e os visitantes mantiveram a posse de bola pouco produtiva.
Para tentar movimentar a partida, Jardine tirou Nenê e Edimar e Igor Gomes e Shaylon entraram. Liziero foi deslocado para a lateral esquerda e o tripé de meio foi invertido. Hudson ficava na base, Shaylon e Igor mais à frente. Ainda assim o time não conseguia criar chances. A fim de dar ainda mais mobilidade para o ataque, Diego Souza deu lugar a Brenner.
Independentemente do resultado do Grêmio, a vitória seria importante para o São Paulo pela moral do time. De qualquer forma, não é o fim do mundo. O Brasileirão chega ao fim e o São Paulo termina em uma ótima posição dada as suas condições técnicas e táticas. Agora é preciso dar tempo e reforços a Jardine, para que ele possa desenvolver o time para o ano de 2019. Vale lembrar que essa não é uma equipe com ideias de Jardine, não houve tempo para tal.