Após longa análise sobre o atual momento, foi identificado o problema dentro do clube. Muito estudo foi necessário, mas será revelado (ironia).
Por:Cleber C. Oliveira
Após um ano de 2017 em que a briga contra o rebaixamento foi o estopim da torcida, este ano a falta de estratégia decretou a impaciência.
O clube gastou em contratações, investiu dinheiro de fato. Mas o rendimento não foi o esperado por ninguém. Foi identificada a falta desorganização tática da qual Dorival não conseguia apresentar.
Sai Dorival, chega Diego Aguirre.
No primeiro jogo contra o São Caetano ele manteve o padrão anterior para análise própria, observando o time de dentro de campo. Que já era bizarro sob a ótica do torcedor. Resultado da partida foi 1×0 para os donos da casa.
Ele organizou o sistema defensivo e ajeitou o time.
Lesões, cartões e baixo rendimento físico dos principais jogadores – já veteranos – culminaram em uma sequência de jogos que seria fatal. Empates seguidos no Morumbi, jogos perdidos fora de casa e um rival que jogava leve, encostando.
A falta de criatividade de Aguirre e sua insistência em jogadores que não rendiam ou na posição, ou tecnicamente, foram engessando o São Paulo em campo. Começamos na fase do jogar para não perder.
O time que mais empatou no campeonato brasileiro (15) recebeu o atual campeão em suas dependências, com direito a hino tocado pela Orquestra da Polícia Militar de SP. Foi um vexame como nunca visto antes.
O São Paulo de tanto ter medo de perder, esqueceu como se ganhava os jogos. Desfalques cada vez mais frequentes e um time que se arrastava em campo. Começamos a desconstruir um time campeão, tal qual um avião se desmancha em queda.
O ganhar era apenas um susto, uma coisa inesperada inclusive para os jogadores em campo. E começou assim a demissão de Diego Aguirre.
Aguirre saiu. Jardine assumiu.
Vale ressaltar que os times de André Jardine eram totalmente opostos na base e ele deixa claro que pensa totalmente diferente do ex-técnico são-paulino.
Assumiu e colocou o time contra o Grêmio no Morumbi para ganhar a partida. Foi para cima de Renato Gaúcho! E segue nesta ideologia até o momento. Resultado? Não veio. Futebol jogado? Melhorou.
O que o torcedor espera?
Que a lógica faça sentido para o São Paulo. Mudou time,diretoria, jogadores e comissão. As mudanças geralmente trazem alento e solução para o que está dando errado. O problema é que isso não acontece mais no Tricolor.
A sensação de nós torcedores é: acabaram todos os recursos conhecidos para a montagem de um time de sucesso.
O que está dando errado? Porque os nossos rivais dominaram o cenário do futebol enquanto ficamos a ver navios? Cansamos de dar desculpas para os fracassos.
Ontem o estádio estava uma bolha de nervos. Jardine foi xingado, Jucilei, Reinaldo, Diego Souza e Nenê. Raí foi tido como incompetente,Lugano omisso. Ouvi de tudo ontem!
Vou revelar o segredo para o sucesso no futebol
Caso você torcedor não tenha percebido o que acontece com o futebol nacional, e como nós ficamos de fora tanto tempo, vou te dizer agora.
ESTRATÉGIA / PLANEJAMENTO.
Enquanto o time vive de empolgação da torcida, de aumento de ingresso por estar na liderança, de vídeos contínuos de bastidores e brincadeiras ininterruptas, outros times se planejaram há dois, três anos para hoje estarem tranquilos e comemorando.
Sem o preceito de ter planilhado na palma da mão tudo que deverá acontecer de dezembro a dezembro, o time vai patinar. Como sei disso?
Pelo fato de que os outros estão focados em seu planejamento e estratégia, e estão seguindo neles.
Promessas do futebol Sul-americano não podem ser a base de contratação de um time que quer ser campeão. E apenas a base de Cotia também não é a salvação. O futebol dentro do clube virou sucata.
Precisamos pagar os déficits do clube. Vamos vender!
Infelizmente a mentalidade ainda é essa, e meu amigo torcedor que compartilha seu espaço dentro do estádio comigo, vamos rezar para as contratações serem de fato de relevância e que tragam respostas rápidas.
E ao mesmo tempo, que um planejamento seja feito com solidez para médio e longo prazo.