São Paulo tem histórico de demissão de técnicos após dar respaldo a seus trabalhos

Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC

O aval da diretoria do São Paulo para o trabalho de Crespo, negando uma possível demissão e mostrando confiança no trabalho do treinador, pode não significar muita coisa. É que a equipe do Morumbi, em algumas oportunidades, já deu respaldo a outros profissionais e, ainda assim, contrariaram o próprio posicionamento, demitindo-os.

Foi o caso, por exemplo, do técnico Diego Aguirre, em 2018. Após a conquista do primeiro turno do Brasileirão, o uruguaio estava pressionado por maus resultados, mas o então diretor e ídolo Raí bancou a permanência do treinador, em gesto de aceno ao seu trabalho. Contudo, um mês após o ocorrido, Aguirre acabou demitido depois de um polêmico empate contra o Corinthians. E ele não foi o único nessa situação.

Foi o próprio diretor-executivo Raí, já em 2019, quem bancou recém-promovido André Jardine como técnico da equipe, mesmo após a vexatória derrota para o Talleres, pela pré-Libertadores daquele ano. Dias depois, Jardine fora demitido, após a diretoria reanalisar os resultados obtidos pelo agora campeão olímpico.

Anos antes, Raí, ao tomar posse em 2017, garantiu a permanência de Dorival Júnior no comando do Tricolor, mesmo com a sequência negativa de resultados. Mostrando confiança no trabalho do técnico, Raí bem que tentou, mas não evitou a sua saída em março do ano seguinte.

Até o ídolo Rogério Ceni passou por situação semelhante. Depois da eliminação para o Defensa Y Justicia, pela Copa Sul-Americana de 2017, o incipiente treinador teve o cargo garantido por Vinicius Pinotti, predecessor de Raí. Contudo, dois meses após a garantia, Ceni acabou sendo demitido.

Diante do histórico, o técnico Crespo, respaldado pela cúpula são-paulina após uma reunião na última segunda-feira (4), vai colocar à prova a palavra da nova diretoria Tricolor. Em caso de derrota no clássico contra o Santos.

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