Com mais de 17 milhões de apaixonados, o São Paulo é um clube admirado por todos os cantos do país. Afinal de contas, pouquíssimas instituições esportivas na América Latina têm uma história tão rica em títulos e ídolos como o Tricolor.
Assim como sobra conquistas de peso esportivamente na história do São Paulo, o mesmo ocorre na quantidade de torcedores ilustres que o clube possui. Sendo que dentro desse rol de personalidades, há dois ex-atletas são-paulinos que se dedicaram de corpo e alma para colocar o esporte nacional em evidência durante muitos anos, o ex-tenista Fernando Meligeni e a ex-saltadora em distância Maurren Maggi.
Então fica a pergunta: além de serem apaixonadas pelo Tricolor, o que será que essas lendas vivas do esporte brasileiro estão fazendo após a vida de atleta profissional?
Fernando Meligeni
Um dos maiores tenistas da história do tênis brasileiro, Fernando Meligeni teve uma carreira marcada por muita dedicação e por bons resultados, chegando a estar entre os 25 melhores do mundo no ranking de simples da ATP (Association of Tennis Professionals). O “Fino”, como é também conhecido, conquistou três títulos de nível ATP, foi medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo (2013) e alcançou a semifinal de Roland Garros (1999).
Meligeni é um torcedor assíduo do Tricolor e dificilmente perde jogos da equipe. Além disso, vira e mexe o ex-tenista faz comentários sobre o São Paulo nas redes sociais, principalmente em seu perfil no Twitter.
Longe da vida de atleta profissional desde 2003, “Fino” trabalha como comentarista de tênis dos canais da Disney (canais ESPN e Fox Sports) e é um dos embaixadores da marca esportiva FILA em solo brasileiro.
Também vale destacar que Meligeni tem outros projetos paralelos. Ele participa clínicas de tênis por todo o Brasil, é palestrante e ainda realiza uma atividade social importante para o esporte no país.
Meligeni é embaixador oficial do projeto social gaúcho WimBelemDon, que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento integral de jovem tenistas brasileiros. O projeto existe desde 2000 e ainda conta com mais dois embaixadores de peso: o ex-tenista Thomaz Koch, lenda do esporte brasileiro, e Bruno Soares, um dos melhores duplistas da atualidade no circuito profissional.
Maurren Maggi
Primeira brasileira campeã olímpica individual, Maurren Maggi tem o seu nome marcado na história do salto em distância nacional e internacional. Além de ter conquistado a tão sonhada medalha de ouro nos Jogos olímpicos de Pequim (2008), Maurren alcançou outros grandes feitos memoráveis.
Ela também tem em seu currículo três medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos (1999, 2007 e 2011) e medalhas de bronze e prata em Mundiais (2003 e 2008, respectivamente).
Em 2010, Maurren foi contratada para fazer parte do vitorioso atletismo são-paulino. Naquela altura, aos 34 anos e atual campeã olímpica, a atleta se viu realizada em defender as cores do clube de coração. Porém, apesar de bons resultados, como a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (2011), lesões recorrentes impediram que a são-paulina conseguisse desempenhar o seu melhor nível nos Jogos Olímpicos de Londres (2012).
Maurren se aposentou oficialmente do atletismo em 2015, mas não abandonou a competição de sua vida. A ex-saltadora tem dedicado parte importante de seu tempo ao poker, modalidade de cartas que já conta com mais de 8 milhões de jogadores no país.
A são-paulina está longe de ser uma jogadora de poker casual. Ela mesmo, em diversas entrevistas, já declarou que estuda conteúdos que fazem parte da rotina de um competidor profissional. Sendo assim, conceitos técnicos que demandam ao menos um conhecimento intermediário de poker, como por exemplo saber interpretar o ranking de mãos da modalidade, são dominados por Maurren.
Maurren Maggi quer representar o país novamente em Jogos Olímpicos, desta vez no poker
Em maio deste ano, a são-paulina foi convidada para participar do “Conversa com Bial”, da TV Globo. Na entrevista ao jornalista Pedro Bial, ela disse que o poker mudou a sua vida e que sonha em disputar uma Olímpiada defendendo as cores do Brasil na modalidade de cartas.
É válido mencionar que, desde 2010, o poker é reconhecido pela IMSA (International Mind Sports Association) como um esporte da mente. No entanto, apesar de rumores sobre uma possível presença do poker em Jogos Olímpicos a partir de 2028, em Los Angeles, ainda não há muitas informações concretas sobre o poker vir a se tornar um esporte olímpico a curto prazo.
