A faxina no SPFC precisa ser maior, e faz tempo | OPINIÃO

Foto: Rummens

Eu queria estar errado e comemorar como nunca o título do Campeonato Brasileiro. Enquanto ainda era permitido ir aos estádios, por várias vezes parei para olhar a fisionomia dos torcedores do São Paulo no Morumbi e nos trajetos principalmente de volta. Entre os grandes clubes do Brasil, não há torcida atualmente tão sofrida quanto a nossa. E essas 18 milhões de pessoas mereciam mais que ninguém levar essa taça.

Mas a danada da realidade mais uma vez nos atropelou. No dia 2 de outubro de 2020 eu escrevi uma coluna aqui no Arquibancada Tricolor com o seguinte título: “O atual medíocre São Paulo precisa refletir sobre o futuro”, que você pode ler na íntegra clicando aqui.

Quero destacar a parte do facão que sugeri no elenco à época: “No elenco, faz-se necessária uma limpa também, já que temos líderes que não lideram e atletas com altos salários que não dão retorno. Eles podem ser boas vendas e ótimas moedas de troca: Tiago Volpi, Juanfran, Dani Alves, Reinaldo, Arboleda, Liziero, Shaylon, Vitor Bueno, Hernanes, Helinho, Pablo e Carnero.

Com a saída desses 12, a folha de pagamento teria um grande alívio e podemos nos concentrar em trazer cerca de 7 ou 8 entre atletas experientes (que joguem) e boas revelações de outros times, como fez o Vasco com o Cano e como nós mesmos fizemos em diversas ocasiões. Gente que esteja com fome de vencer, de crescer na carreira e de fazer história. Os experientes precisam ter qualidade e saber liderar, já que temos e teremos ainda mais talentos vindos de Cotia. Com liderança de verdade, boa gestão, qualidade e comprometimento dos demais, os moleques vão render muito”.

Ontem, dia 1º de fevereiro de 2020, Fernando Diniz foi demitido e Raí pediu pra sair. Dos nomes que citei ano passado para fazer parte da “barca”, ninguém se tornou unanimidade e, pior que isso, perderam um título de Campeão Brasileiro após abrir 7 pontos de vantagem sobre o segundo colocado.

Sem mais tempo a perder, precisamos voltar a ter uma equipe que nos represente em campo. Que tenha como foco a vitória (não o jogo bonito), o resultado, ainda que com limitações técnicas, financeiras ou mesmo pouca idade. Ao presidente Julio Casares, ao Muricy, ao novo gerente executivo Rui Costa, a missão é: agir com rapidez, exigir comprometimento, resolver questões financeiras e manter um elenco digno.

Ao perceber um grupo de jogadores e um estilo de jogo que a represente, não tenho nenhuma dúvida de que a torcida do São Paulo apoiará até o fim. Não aguentamos mais ver jogador que baixa a cabeça após sofrer gol, ou que abusa das frases motivacionais após cada vexame, com aquele capricho no Instagram.

Ou a gente faz isso AGORA, ou infelizmente começamos a entrar num cenário que nada tem a ver com o São Paulo Futebol Clube. Que quem está no comando saiba agir com a seriedade necessária, antes que seja tarde demais.

*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site

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Foto: Rummens

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